Conheça seu conceito e os benefícios para indivíduos em idade escolar
O empreendedorismo na escola é capaz de estimular competências que preparam jovens aptos a encontrar soluções criativas para problemas complexos, para si e para a comunidade em que estão inseridos. Já parou pra pensar se todas as escolas tivessem o objetivo maior de formar pessoas para gerar valor ao mundo, das mais diferentes maneiras?
Neste artigo vamos explorar um pouco mais desse conceito e sua importância na vivência escolar do aluno, assim como para o seu futuro.
O que é educação empreendedora?
É o processo de ensino e aprendizagem com metodologias ativas, que buscam o desenvolvimento das competências pessoais e implementação de projetos de empreendedorismo.
Empreendedorismo nas universidades
O estudo Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras realizado pela Endeavor (organização de estímulo ao empreendedorismo presente em mais de 20 países) e pelo Sebrae em 2016, mostra que apenas 28,4% dos estudantes universitários cursaram uma disciplina diretamente relacionada a empreendedorismo. E mais: um estudo de 2019, do Portal Universidades Empreendedoras com cerca de 15.000 respondentes demonstra que 74% dos estudantes acreditam que possuem uma postura empreendedora. Entretanto, em relação à influência de aspectos do curso e da universidade no desenvolvimento da postura empreendedora dos estudantes:
- 41% discordam que a metodologia do curso contribui para o desenvolvimento da postura empreendedora.
- 54% acreditam que o ecossistema universitário influencia positivamente no desenvolvimento da postura empreendedora.
Além disso, 43% dos estudantes concordam que o empreendedorismo é responsável por melhorar o ambiente no qual está inserido e 6 a cada 10 estudantes pretendem constituir uma empresa em algum momento de suas vidas.
Outro estudo promovido pela Endeavor em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é a pesquisa Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras. A quarta edição do estudo detectou que programas que proporcionam maior visão e viés inovadores (como criação e gestão de novos negócios, franquias e tecnologia) estão presentes em apenas 6,2% das universidades. Como consequência, 48,5% dos estudantes não conversam sobre a possibilidade de abrir uma empresa com professores ou outros profissionais da faculdade: em vez disso, eles procuram executivos e empreendedores.
Em média, 56% dos alunos empreendedores acreditam que iniciativas de empreendedorismo como disciplinas, incubadoras e eventos são essenciais ao prepará-los para empreender, mas somente 38,78% das universidades, em média, oferecem essas oportunidades.
Como consequência, a universidade não é vista como ponto de apoio do aluno empreendedor. Do total de empreendedores universitários entrevistados, mais da metade (51,6%) não conversa com seus professores sobre negócios.
O estudo ainda reforça que falta infraestrutura e conteúdo para que as universidades brasileiras capacitem alunos dispostos a criar negócios próprios. Sobre isso, o documento traz bons exemplos internacionais.
Diante deste contexto, os alunos chegam preparados para os desafios da universidade ou para o mercado de trabalho? E para a vida?
E fica a pergunta: e se este indivíduo viesse preparado por uma sólida e moderna base escolar?
Educação empreendedora na prática
Existem algumas ações que podem auxiliar na melhoria do atual cenário, tendo os seguintes pilares:
- Jornada do empreendedor: as instituições de ensino devem oferecer um ciclo com suporte às diferentes fases do aluno no exercício do empreendedorismo, desde discussões introdutórias, passando por práticas de prototipação e chegando até a abordagem de temas como gestão e escala.
- Acessibilidade: todos sabemos que empreender é muito mais do que abrir um negócio, é a atitude para resolver problemas, para enfrentar o desconhecido, ser criativo e ter coragem. Por isso, as iniciativas das instituições de ensino devem ser ofertadas de forma ampla e com metodologias específicas.
- Conexão com o mercado: de nada adianta aprender diversos conceitos que não são úteis para o dia a dia do empreendedor. Além disso, a comunidade empreendedora de determinada região pode ser a maior aliada das instituições de ensino, instigando a inovação e a criação de uma rede de apoio.
Trazendo a teoria para o lado mais prático e pensando em criar uma jornada empreendedora e melhorar a conexão com o mercado, uma ideia é convidar mentores do mercado para debater e conversar sobre temas do ecossistema empreendedor. Assim, é possível que a instituição faça a ponte e abra espaço para que os profissionais do mercado auxiliem na formação dos alunos e lidem com esse déficit.
Por que é importante estimular o empreendedorismo ainda na escola?
Primeiramente, o empreendedorismo incentiva o aluno a pensar fora da caixa, buscar soluções criativas para os problemas e transformar ideias em ações. Ao envolver os alunos nesse tipo de projeto, eles aprendem habilidades práticas, como planejamento, gestão financeira e trabalho em equipe.
Os ganhos de alunos a partir dos 11 anos entrarem em contato com conceitos de business empregados na graduação e pós-graduação ainda na escola são enormes.
A cultura empreendedora envolve riscos, o que acaba desenvolvendo inseguranças na hora de abrir o próprio negócio. As pessoas têm medo de empreender principalmente pelo fato de muitos negócios não darem certo e isso está relacionado ao fato de o processo educacional da nossa sociedade não ter tolerância a erros e pouco estímulo a disciplina e perseverança.
Para quem pensa em abrir uma empresa, é muito importante ter uma boa gestão financeira. Entender o ciclo de dinheiro é fundamental. Temos muitas pessoas com essa limitação no Brasil e no mundo por falta de base ainda na fase escolar. Neste artigo divulgamos 8 dicas para ensinar educação financeira para cidadãos em idade escolar. Vale a pena conferir
Importante destacar que a formação de uma competência empreendedora vai além da grade curricular. Ela exige um ecossistema onde, além da sala de aula, a inovação seja fomentada em centros de empreendedorismo, rodadas com investidores, contatos e parcerias com empresas, incubadoras e aceleradoras de startups.
E nas escolas?
Conheça disciplina Business Academy, exclusividade do Colégio Lectus, pioneira em empreendedorismo para alunos em idade escolar
Originalmente desenvolvida para estímulo do trabalho em equipe, capacidade de visão macro ampliada, protagonismo, compreensão diagnóstica, verificação de viabilidade, fortalecimento nas skills de comunicação e vendas e muito mais, a disciplina até hoje era conhecida como Projeto Empreendedor UNESCO. Uma matéria que sempre performou muito bem entre os alunos. Mas, como o que é bom pode SEMPRE ficar melhor, ela passou por uma evolução e em 2024 ganhará uma nova roupagem e estrutura! Os estudantes passarão a entrar em contato com conceitos administrativos, de marketing, inovação, gestão, vendas e muito mais!
A disciplina será composta por 4 aulas semanais de 50 minutos e inserirá através da teoria e da prática as ideias que envolvem o mundo empresarial com cases e projetos práticos ministrados por profissionais do mercado de trabalho.
A inovação foi desenvolvida durante meses, com base no empirismo escolar, em todos os estudos expostos neste artigo e mais uma infinidade de outros dados que comprovam a importância do incentivo empreendedor para alunos em idade escolar. Isso porque acreditamos que o aluno deve sair mais preparado da escola rumo à universidade, onde se transformará no agente da educação que está mais próximo de tomar uma decisão formal de carreira: se vai ser empregado, fazer concurso público ou empreender. Então, nos parece razoável que o empreendedorismo seja algo presente no dia a dia desse estudante.